As espécies-alvo de estudos e observações do projeto são as aves de rapina do gênero Spizaetus, Harpya e Morphnus. Esses rapinantes são raros e ameaçado bioma, são estritamente florestais e possuem populações pequenas e esparsas, sendo que a conservação desses predadores de topo automaticamente assegura a proteção de todos os outros animais dos níveis trópicos inferiores. Além destas, também é de interesse do projeto a documentação das espécies do gênero Amadonastur, Accipiter, Micrastur e Pseudastur.
Espécies-alvo:
O gavião-pato (Spizaetus melanoleucus) categorizado como uma águia-florestal mede de 51 a 61 cm, com envergadura de até 117 cm, pesa entre 700g a 800g sendo o menor dos Spizaetus brasileiros. Captura principalmente aves: tucanos, papagaios, periquitos, baitacas e urus. É encontrado em clareiras e bordas de florestas primárias e secundárias, matas de galeria e porções mais arbóreas do Cerrado, habita também florestas e campos perto de rios. Freqüentemente é encontrado pousado no alto de grandes árvores ou planando durante longas horas a procura de suas presas. Thiollay (1989) sugere que numa área de 10.000 ha, no Suriname, possam ser encontrados até sete indivíduos. Fonte: Aves de rapina BR.
O gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus) mede entre 58 e 66 cm, peso médio de 900 g (machos) e 1.100 g (fêmeas). A alimentação é constituída principalmente de mamíferos (marsupiais, pequenos primatas, esquilos e morcegos), aves (tucanos, araçaris e aracuãs entre outras) e répteis. Frequenta habitat do nível do mar até dois mil metros de altitude. É uma ave considerada dependente de florestas, incomum, residente e medianamente sensível à degradação do seu habitat. Comparado ao gavião-de-penacho Spizaetus ornatus, a espécie possui uma maior preferência por ambientes semi-abertos, florestas secundárias e em proximidade com rios, podendo ocorrer em extensas florestas. Fonte: Aves de Rapina BR.
O gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus) mede de 58 a 67 cm de comprimento, e uma envergadura de asas de até 140 cm. Caça preferencialmente aves e pequenos mamíferos, possuindo uma dieta diversificada, com variações locais. É um poderoso predador das florestas neotropicais. Estritamente florestal, habita as mais distintas variações das florestas equatoriais e tropicais úmidas e estacionais e, no cerrado, pode ser observado em matas de galeria e matas ciliares preservadas, situadas até 900 m acima do nível do mar. Nas horas quentes do dia, gosta de aproveitar as termas quentes para planar e ganhar altura sobre o dossel da floresta, geralmente na parte da manhã e também na época reprodutiva. Fonte: Aves de Rapina BR.
O gavião-real (Harpia harpyja) é a maior águia encontrada no Brasil, podendo atingir até 105 cm (fêmeas) de comprimento. Os machos pesam entre 4 e 5 kg e as fêmeas entre 7,6 e 9 kg. A base da sua alimentação é constituída principalmente de mamíferos arbóreos, como preguiças e primatas, terrestres, como cachorros-do-mato, veados, quatis, tatus e outros. Também captura aves, como seriemas, araras e cracídeos, ou répteis, incluindo grandes lagartos. Habita grandes florestas preservadas, ocorrendo desde o sul do México à Bolívia, nordeste da Argentina e por quase todo o Brasil. Atualmente são escassos o registro da espécie fora da região amazônica, no Paraná o ultimo avistamento foi a aproximadamente 10 anos, na Serra do Mar. Fonte: Aves de Rapina BR.
O gavião-real-falso (Morphnus guianensis) mede de 81 a 91 cm de comprimento. Caça aves grandes como jacus e jacamins, onde fica espreita próximos de árvores de frutificação para caçar as aves que ali frequentam. Habita as florestas primárias e secundárias da América Central e América do Sul, sendo encontrada em altitudes que vão desde o nível do mar até acima dos 1.000 m. Possui hábito diurno e vive solitariamente ou em pares, passando boa parte do tempo imóvel, oculta em um poleiro alto de onde procura suas presas. Atualmente, é bastante raro, ocorrendo principalmente na Amazônia, onde ainda há grandes áreas contínuas de florestas úmidas. No Paraná foi registrado somente um único indivíduo em 1964, mas devido às exigências de habitat da espécie, provavelmente era encontrado em toda a Floresta Semidecidual do estado. Fonte: Aves de Rapina BR.
Espécies de interesse:
O gavião-pombo-grande (Pseudastur polionotus) mede entre 48 e 53 cm de comprimento. Pode capturar aves do tamanho de um sabiá ou até o de um jacuguaçu. Martuscelli (1996) descreve observações de capturas de sabiá (Turdus albicollis), papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis) e alma-de-gato (Piaya cayana). Também captura répteis e pequenos mamíferos (roedores). Ele é endêmico da Mata Atlântica, sua distribuição está relacionada com terrenos acidentados e vales de matas preservadas, habitando Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista e Floresta Semidecidual. Fonte: Aves de Rapina BR.
O gavião-pombo-pequeno (Amadonastur lacernulatus) tem cerca de 42 a 49 cm de comprimento de envergadura mede até de 96 cm. Alimenta-se no solo, análises estomacais de três espécimes demonstraram uma dieta voltada prioritariamente para invertebrados, embora existam registros de aves, répteis e mamíferos na sua alimentação. Habita as florestas que acompanham a costa leste brasileira, onde ocorre desde o nível do mar até cerca de 900 m (há registros, em Minas Gerais, em altitudes superiores a 2.800 m. Fonte: Aves de Rapina BR.
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