Diário de campo - 16/11/14

16/11/14 - Acordamos as 5:00 horas do domingo (eu, Willian Menq e Jessica Moraes do Nascimento). Pouco depois das 6:00 horas estávamos a caminho de Morretes, pela Rodovia 277, com céu aberto e o sol brilhando no início do dia. Fizemos uma rápida parada no Posto Ipiranga, no final da descida da Serra, para tomar o café. Vale registrar que o hamburgão, foi o melhor que provei, com o queijo derretendo, realmente uma delícia. Então, satisfeitos, seguimos para o ponto Candonga 1, onde ficamos observando alguns Passariformes. O Willian, quebrou a cena bucólica chamando minha atenção:
 - Douglas, tem algo voando, é um gavião-pato (Spizaetus melanolecus)! - - Sim, avistei, é ele mesmo!
(Willian) - Tem outro!
- Onde?
(Willian) - Ali, em cima!


Dois gaviões-pato, nada poderia ser tão emocionante em um início de observação.

A alegria e vontade de fotografar era tanta, que todos focaram em um indivíduo, com o outro desaparecendo, sem sabermos para que lado. Enquanto isto, o que estava mais próximo foi subindo um pouco circulando, nitidamente numa térmica. Como estávamos num barranco, em certos momentos o gavião sumia por detrás das copas. Em um último círculo no sentido anti-horário, pegou uma reta antes de fechar as asas e seguir na direção leste.



Gavião-pato (Spizaetus melanoleucus).


Esperamos cerca de 10 min., no local, para certificar que os gaviões-pato não retornariam. Então, seguimos para o ponto Candonga 2. Um pouco antes de chegar no ponto, observamos um raptor num voo remado e rápido, deslocando-se no sentido norte-sul. Com o Willian fazendo sua identificação: - Gavião-bombachinha-grande (Accipiter bicolor). Passamos por uma porteira, enfrentamos o gado que não se importou conosco e chegamos ao ponto Candonga 2. 

O tempo ia passando, um gavião-carijó (Rupornis magnirostris), vocalizava do meio da vegetação da montanha do lado leste.

Observando o alto da montanha do lado oeste, eis que surge um gavião-pombo-grande (Pseudastur polionotus). Pudemos prestigiar sua presença de forma muito rápida, pois ele logo saiu do campo de visão, sumindo por trás da montanha. Porém, iria deixar a cena para um gavião-pombo-pequeno (Amadonastur larcenulatus) que estava pousado em um galho. 

Vale o comentário, hawkwatchers comprem uma câmera fotográfica super-zoom, pois o retorno é certo. Com as super-zoom é possível fazer uma identificação que as vezes não dá com o binóculos. 
Percebemos que o gavião-pombo-pequeno estava comendo uma presa, e pouco depois de terminar, trocou o poleiro, indo para uma embaúba (Cecropia pachystachya). Mas um outro gavião, estava prestes a roubar a cena. Ele estava quase sobre nossas cabeças e parabéns Willian, pois realmente dá pra ver na foto que se trata de um gavião-bombachinha (Harpagus diodon) jovem.
Além dos gaviões, registramos duas espécies de urubus, o urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) e o urubu-de-cabeça-vermelha (Cathartes aura).
Também, vimos gavião-tesoura (Elanoides forficatus) e caracará (Caracara plancus).
Gavião-bombachinha-pequeno (Harpagus diodon), jovem.
Depois de deixarmos o ponto Candonga 2, seguimos até o Parque Estadual do Pau Oco. Lá, subimos um pequeno morro para nos posicionarmos no ponto Anhaia 1.

Embora o céu estivesse azul e o sol brilhando, não registramos nenhum gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus), porém, visualizamos um gavião-bombachinha (Harpagus diodon). Ele surgiu da encosta sudeste indo para noroeste, planando com as asas em ângulo, lembrando muito um falcão. Pudemos observá-lo por alguns segundos antes de sair do nosso campo de visão. Mas, o Willian Menq, conseguiu fazer sua identificação, chamando a atenção para o tamanho da cabeça que é maior em relação ao gavião-bombachinha-grande (Accipiter bicolor) e os olhos esbugalhados, presente nos kites (milanos em português).
Com, o Harpagus, encerramos nossa breve expedição, nos apressando para subir a Serra da Graciosa a fim de evitar o congestionamento. Também, fizemos um desvio dando a volta pela estrada que liga Morretes a Antonina.

Então, resumindo, o feriado foi excelente com a oportunidade de rever o amigo Willian, conhecer sua namora Jessica e apesar do tempo tenebroso de chuva no sábado, conhecer um local encantador de paisagem esverdeante da Serra do Mar.
Grato ao Willian, pelas fotos do gavião-pato, gavião-bombachinha e nas fotos em que apareço ao seu lado e fazendo observação com a Jessica.
Agradeço ao Senhor Jesus, também, por toda esta oportunidade de rever um amigo e encontrar os gaviões. OBRIGADO SENHOR!

Ponto Anhaia 1.

Eu e Jéssica procurando rapinantes.


Nenhum comentário:

Postar um comentário